Uma das dúvidas mais frequente dos pais ao visitar uma escola é referente ao método de alfabetização adotado pela instituição. Essa preocupação é decorrente dos inúmeros métodos defendidos pelos pesquisadores, autores e educadores"Qual deles será o mais eficaz? Meu filho (a) irá aprender a ler com quantos anos?" Já para os professores a dúvida é "Como garantir um aprendizado significativo para os alunos?" Enfim, para responder a estes questionamentos, segue abaixo um texto sobre o Método Fônico de Alfabetização que é o método utilizado em nossa escola para alfabetizar os pequenos.
Nestes 5 anos de escola, e 4 que lidamos com o processo de alfabetização, os alunos com apenas cinco anos de idade (Jardim III) estão alfabéticos e seguem para o primeiro ano já escrevendo sílabas simples e complexas, formando frases e textos. Diante disso surge uma nova dúvida, será que a escola esta respeitando a infância? E a resposta é sim! Por incrível que pareça os alunos da educação infantil passam no máximo uma hora e meia na sala, e o resto do período em que estão na escola, os alunos possuem outras tarefas como brincar, cuidar das tartarugas e da horta. Além disso a caixa de areia, e as aulas de educação física, ballet, futsal e música servem para oferecer o máximo de experiencias possíveis e de interação com os outros colegas. Então como é que as crianças conseguem ler com tão pouca idade? E a resposta para esta pergunta é, quanto mais contato com o mundo oral e escrito (comunidade letrada) a criança tiver mais rápido será o processo de compreensão do sistema de leitura e escrita.
Os métodos fônicos
também são conhecidos por métodos sintéticos ou fonéticos. Partem das letras
(grafemas) e dos sons (fonemas) para formar, com elas, sílabas, palavras e
depois frases.
No principal modelo de Método Fônico utilizado pelos professores alfabetizadores, as crianças não pronunciam os nomes das letras, mas sim os seus sons.
No principal modelo de Método Fônico utilizado pelos professores alfabetizadores, as crianças não pronunciam os nomes das letras, mas sim os seus sons.
O linguista americano
Bloomfield, propositor do módulo fônico desse método, defende que a aquisição
da linguagem é um processo mecânico, ou seja, a criança será sempre estimulada
a repetir os sons que absorve do ambiente.
Assim, a linguagem seria a formação do hábito de imitar um modelo sonoro.
Os usos e funções da linguagem, neste caso, são descartados (em princípio), por se tratarem de elementos não observáveis pelos métodos utilizados por essa teoria, dando-se importância à forma e não ao significado.
No tocante à aquisição da linguagem escrita, a fônica é o intuito de fazer com que a criança internalize padrões regulares de correspondência entre som e soletração, por meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente, inferir as correspondências soletração/som.
Assim, a linguagem seria a formação do hábito de imitar um modelo sonoro.
Os usos e funções da linguagem, neste caso, são descartados (em princípio), por se tratarem de elementos não observáveis pelos métodos utilizados por essa teoria, dando-se importância à forma e não ao significado.
No tocante à aquisição da linguagem escrita, a fônica é o intuito de fazer com que a criança internalize padrões regulares de correspondência entre som e soletração, por meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente, inferir as correspondências soletração/som.
De acordo com esse pensamento,
o significado não entraria na vida da criança antes que ela dominasse a
relação, já descrita, entre fonema e grafema. Nesse caso, a escrita serviria
para representar graficamente a fala.
O método
fônico baseia-se no aprendizado da associação entre fonemas e grafemas (sons e
letras) e usa, em princípio, textos produzidos especificamente para a
alfabetização.
O método
que o Brasil empregava antes dos anos 80 não era o fônico, mas o
alfabético-silábico, baseado no ensino repetitivo de sílabas.
Diferente do
Método Fônico, que é baseado no ensino dinâmico do código alfabético, ou seja,
das relações entre grafemas e fonemas em meio a atividades lúdicas planejadas
para levar as crianças a aprenderem a codificar a fala em escrita, e, de volta,
a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
O fônico é inteligente, lúdico
e nada mecânico. Leva as crianças a serem alfabetizadas muito bem em quatro ou
seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e
variados.
Ele é tão eficaz em produzir compreensão e produção de textos porque, de modo sistemático e lúdico, fortalece o raciocínio e a inteligência verbal.
Ele é tão eficaz em produzir compreensão e produção de textos porque, de modo sistemático e lúdico, fortalece o raciocínio e a inteligência verbal.
O Observatório Nacional da
Leitura da França e o Painel Nacional de Leitura dos EUA afirmam sua clara
superioridade, mas o MEC nunca deu à criança brasileira a chance de aprender
com o fônico e colher seus frutos.
No método fônico,
a alfabetização se dá através da associação entre símbolo e som. Para que a
criança se torne capaz de decifrar milhares de palavras, ela aprende a
reconhecer o som de cada letra. De outra forma, ela teria que memorizar
visualmente todo o léxico, algo ineficiente do ponto de vista dos defensores do
método fônico.
O método parte da regra para a exceção.
O método parte da regra para a exceção.
Quando se
usa o método fônico se melhora a compreensão do texto.
No método ideovisual, onde o professor dá logo o texto, o que acontece é que a criança tende a memorizar as palavras. Porém, o código alfabético não se presta à memorização fácil porque as letras são muito parecidas.
Com isso, o que acontece é que a criança troca as palavras quando lê (paralexia) e troca palavras na escrita (paragrafia).
Esses erros ocorrem porque o alfabeto não se presta à memorização visual. Ele tem que ser decodificado.
Ele foi inventado pelos Fenícios para mapear sons da fala, por isso é eficiente. Se você sabe decodificar não precisa memorizar.
No método ideovisual, onde o professor dá logo o texto, o que acontece é que a criança tende a memorizar as palavras. Porém, o código alfabético não se presta à memorização fácil porque as letras são muito parecidas.
Com isso, o que acontece é que a criança troca as palavras quando lê (paralexia) e troca palavras na escrita (paragrafia).
Esses erros ocorrem porque o alfabeto não se presta à memorização visual. Ele tem que ser decodificado.
Ele foi inventado pelos Fenícios para mapear sons da fala, por isso é eficiente. Se você sabe decodificar não precisa memorizar.
Quem opta por ser alfabetizador o faz por amor, por idealismo.
Uma pessoa idealista é a primeira a se apaixonar pelo seu trabalho quando ele funciona. O método fônico produz resultados extraordinários.
Em três meses uma criança está lendo o que não lia em dois anos sob o método ideovisual. As professoras que empregam o método fônico ficam maravilhadas com sua eficácia.
Para aprender é necessário decodificar.
Decodificar nada mais é do que converter os grafemas em fonemas.
Aprender a pronunciar a palavra em presença da escrita.
Quando pensamos em palavras usamos nossa voz interna.
Quando lemos em voz baixa escutamos nossa voz.
Isto é o processo fônico: a invocação da fala interna em presença do texto.
O método ideovisual desestimula esta fala interna.
Ele tenta estimular a leitura visual direta, portanto, a memorização.
Só que não é possível memorizar ideograficamente todas essas palavras.
A forma correta é aprender a decodificar.
Quando fazemos isso, naturalmente se consegue produzir a fala e entender o que se está lendo.
Para alfabetizar,
a criança deve ser levada a participar da linguagem escrita. Para isso, é
necessário um diagnóstico prévio que aponte qual é a relação do sujeito com o
texto.
Assim, podem-se definir estratégias e exercícios que façam o aluno ler e escrever.
Assim, podem-se definir estratégias e exercícios que façam o aluno ler e escrever.
Para Sílvia
Colello, os PCN não devem subestimar as crianças e nem reduzir o ensino àquela
relação unívoca em que o professor ensina e o aluno silencia.
Rodeadas por estímulos visuais e sonoros, televisões, computadores e videogames, seria equivocado crer que elas se interessariam e se reconheceriam verbalmente com frases como “o boi bebe e baba”.
Rodeadas por estímulos visuais e sonoros, televisões, computadores e videogames, seria equivocado crer que elas se interessariam e se reconheceriam verbalmente com frases como “o boi bebe e baba”.
Segundo a professora, é interessante notar que os defensores do método fônico no Brasil são psicólogos, em sua maioria.
“Eles não lidam com a língua enquanto sistema em implementação. Eles estão preocupados em encontrar uma metodologia que seja objetiva e controlada, para ensinar a ler e a escrever. Mas só isso não é suficiente hoje em dia”, afirma. De acordo com Colello, pode-se até ensinar a criança a ler e a escrever, mas se anulará o gosto que ela poderia vir a ter pela leitura.
O grande argumento
contra os parâmetros construtivistas é o péssimo desempenho do Brasil em
diversas avaliações nacionais e internacionais, como no Sistema de Avaliação do
Ensino Básico (Saeb) e em avaliações da OCDE (Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico) e da Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura) desde que o conceito foi incorporado nos PCNs,
em 1996.
Bibliografia
:
Alfabetização
no Brasil - Uma metodologia ultrapassada - Fernando C. Capovilla - RedePsiConstrutivismo
não é método para alfabetização - Mariana Garcia, Revista Com Ciência;Construtivismo x Método Fônico - Telma Weisz e Fernando
Capovilla (Abrelivros);O método Fônico na Alfabetização de Crianças
- Vicente Martins - TextoLivre;
Retirado do Blogger Espaço Educar
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